Críticas literárias, sobre arte, cultura e tradições. Música, Dança, Cinema, Televisão, Teatro e textos informativos.
Saudade como ela é.
Nada mais há para quem ama/
Senão a saudade que se ofereça/
A ausência que se reclama/
E a dor que lhe estremeça.
Quando a presença é forte/
Mais forte torna a saudade/
Até se parece a morte/
Que aos poucos lhe invade.
A saudade é doença sem cura/
Dor que por sí se alimenta/
Saudade é a viva loucura/
De quem ama e não se aguenta.
Não há nada que se faça/
Quando a saudade chega/
A vista se embaraça/
E a cabeça fica leiga.
A saudade é a porca do peito/
Que aperta e faz doer/
Uma dor que não tem jeito/
O jeito mesmo é sofrer.
Tony Casanova
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