Conto | Romance | O Mar, a Bola e o Amor.

  O ano era 1992 e o cenário uma das praias mais lindas do Brasil; a Orla de Atalaia, situada na capital batizada com o nome de Aracaju, pertencente ao Estado de Sergipe.  O fato de ser o segundo menor Estado da União não afetava a sua beleza natural, cujas praias banhavam sua face até as divisas com os Estados de Alagoas e Bahia, tornando o local aprazível e de grande potencial turístico pouco explorado na época. De frente para Aracaju, a Ilha de Santa Luzia ou Barra dos Coqueiros a observava silenciosa e entre eles, o mar era varrido pelas águas do Rio Sergipe, formando ali fortes correntes submersas naquele aparentemente tranquilo encontro entre rio e mar. A formação de ondas, dependendo do tempo, arrastavam-se lentamente e pareciam lamber as areias da praia e eu naquela manhã, estava sentado observando este vai-e-vem infinito como se tentasse descobrir algo que nem mesmo eu sabia o que.
  Faltavam poucas semanas para o fim do verão e a temperatura podia ser considerada fria, levando-se em conta que ali era uma praia cujo sol castigava e bronzeava muitos corpos durante a alta temporada. Eu sentia na pele uma brisa fresca e como meu objetivo era a prática do Voleibol de Praia, esporte  em que tornei-me instrutor autônomo, não importava qual intensidade do sol, desde que a chuva e o vento não atrapalhassem os saques durante os treinos. Foi exatamente o que aconteceu naquela manhã. Os ventos começaram a soprar mais forte e impossibilitou os treinamentos, por esta razão estávamos apreciando as ondas. Junto comigo mais três pessoas, sendo um homem, o Alan e duas moças, a Ana e a Carine, todos treinávamos juntos para formarmos duplas que competiriam extra oficialmente. 
  Apesar de não estarmos jogando, sentimos que aquele intervalo serviria para nos aproximar mais, já que durante os treinos tudo que fazíamos era jogar incessantemente até a exaustão, chovesse ou fizesse sol. Pela primeira vez houve espaço para rirmos, conversarmos e nos conhecer melhor. Foi então que Alan sugeriu que criássemos uma brincadeira para exercitar e aquecer os músculos afim de vencer o frio. Todos foram unânimes em aceitar a sugestão. Ana então disse que poderíamos disputar a posse da bola que alguém do grupo estaria segurando em defesa da sua dupla. Assim fizemos e aquilo foi ótimo. Na areia podíamos correr e saltar derrubando o adversário para resgatar a bola e repassá-la para o companheiro de equipe.
  Estávamos em dupla eu e a Ana enquanto o Alan fazia dupla com a Carine. Eles iniciaram com a bola em mãos e era nossa obrigação recuperar a bola. Numa destas avançadas eu saltei para tomar a bola da Carine que desequilibrada caiu e durante a queda me arrastou junto. Eu cai sobre ela e nossos rostos ficaram colados a tal ponto que eu sentia sua respiração ofegando em meu rosto.  Naquele momento houve um silencio entre nós e nossos sorrisos descansaram enquanto os olhares se cruzavam. Olhei-a bem no fundo dos olhos e ela os fechou e entreabriu a boca. Aquilo foi como um convite que eu não recusei. Beijei-a demoradamente sem que nenhum de nós dois se importasse com nossos parceiros de jogo, que no mínimo deviam estar observando sem acreditar no que estava acontecendo.
  Sem dizer palavra, estendi-lhe a mão que prontamente foi aceita, então ajudeia-a a erguer-se do chão e como se nada tivesse acontecido, gritei: - Vamos ao jogo! Pararam por que? Olhei para Carine e sorrimos juntos. Obviamente que encerramos a brincadeira ali, afinal a todo instante surgia um novo convite para um beijo e eu nunca fui muito de recusar estes desafios.  Dali em diante, eu e a Carine passamos então a formar uma dupla fixa e inseparável que durou até que chegou o inverno do ano seguinte e ela teve que partir com os pais para outro Estado. O que posso dizer é que éramos imbatíveis, não no nosso Voleibol, mas na arte de trocar beijos durante o jogo (risos).  

   ***Nota: Esta é uma obra de ficção e qualquer semelhança com nomes dos personagens terá sido mera coincidência.  Esta obra está protegida por Direitos Autorais que se reservam ao autor Tony Casanova, não sendo permitido o seu uso de qualquer natureza, utilizando qualquer meio, do todo ou parte dele, sem a autorização legal do autor sob pena de infração das Leis Nacionais e Internacionais de Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual. O desrespeito aos Direitos do autor implicará na aplicação das Sanções Legais Cabíveis nos Rigores da Legislação vigente.
   Para saber mais sobre o autor acesse ESTE LINK
..............................................................................................................................................................

  Tale | Romance | The Sea, the Ball and the Love.

 The year was 1992 and the scenery is one of the most beautiful beaches in Brazil; the Orla de Atalaia, located in the capital named Aracaju, belonging to the State of Sergipe. The fact that it was the second smallest State of the Union did not affect its natural beauty, whose beaches bathed its face to the borders with the States of Alagoas and Bahia, making the place pleasant and of great tourism potential little explored at the time. Facing Aracaju, the Island of Santa Luzia or Barra dos Coqueiros watched silently and between them, the sea was swept by the waters of the Sergipe River, forming strong currents submerged there in that apparently quiet encounter between river and sea. The formation of waves, depending on the weather, crawled slowly and seemed to lick the sands of the beach and I that morning, was sitting watching this infinite back and forth as if trying to discover something that even I did not know what.
  It was only a few weeks before the end of summer, and the temperature could be considered cold, bearing in mind that it was a beach where the sun punished and tanned many bodies during the high season. I felt a fresh breeze on my skin and as my goal was the practice of Beach Volleyball, a sport in which I became an autonomous instructor, no matter what intensity of the sun, as long as rain and wind did not disturb the looting during training. That's exactly what happened that morning. The winds began to blow stronger and made the training impossible, for this reason we were enjoying the waves. Along with three other people, one man, Alan and two girls, Ana and Carine, we all trained together to form doubles who would compete extra officially.
  Although we were not playing, we felt that interval would serve to bring us closer, since during the training all we did was to play incessantly until exhaustion, rain or sun. For the first time there was room to laugh, talk and get to know each other better. It was then that Alan suggested that we create a joke to exercise and warm the muscles in order to overcome the cold. Everyone was unanimous in accepting the suggestion. Ana then said that we could dispute the possession of the ball that someone from the group would be holding in defense of their pair. So we did and that was great. In the sand we could run and jump knocking down the opponent to rescue the ball and pass it on to the teammate.
  We were in a double me and Ana while Alan was dating Carine. They started with the ball in hand and it was our obligation to recover the ball. In one of these advancers I jumped to take the carine ball that unbalanced fell and during the fall dragged me along. I fell on her and our faces were glued to the point that I felt her breath panting in my face. At that moment there was silence between us and our smiles rested as the eyes met. I looked deep into her eyes and she closed them and opened her mouth. That was like an invitation I did not refuse. I kissed her long before neither of us cared about our game partners, who at the very least had to be watching without believing what was happening.
  Without saying a word, I held out the hand that was readily accepted, then helped her to rise from the floor, and as if nothing had happened, I shouted: "Let's go to the game!" Why did they stop? I looked at Carine and we smiled together. Obviously we ended the joke there, after all at all times there was a new invitation for a kiss and I have never been much to refuse these challenges. From then on, Carine and I began to form a fixed and inseparable duo that lasted until the winter of the following year, and she had to leave with her parents to another state. What I can say is that we were unbeatable, not in our Volleyball, but in the art of exchanging kisses during the game (laughs).

   *** Note: This is a work of fiction and any resemblance to the names of the characters will have been mere coincidence. This work is protected by Copyright that is reserved to the author Tony Casanova, not being allowed its use of any nature, using any means, all or part of it, without the legal authorization of the author under penalty of violation of the National and International Laws of Intellectual Property Rights. Failure to respect the rights of the author will imply the application of legal sanctions in compliance with the requirements of the current legislation.
   To know more about the author go to THIS LINK
.................................................. .................................................. ..................................................

  Cuento | Romance | El Mar, la Bola y el Amor.

 El año era 1992 y el escenario una de las playas más lindas de Brasil; la Orla de Atalaia, situada en la capital bautizada con el nombre de Aracaju, perteneciente al Estado de Sergipe. El hecho de ser el segundo menor Estado de la Unión no afectaba a su belleza natural, cuyas playas bañaban su cara hasta las divisas con los Estados de Alagoas y Bahía, haciendo el lugar apacible y de gran potencial turístico poco explorado en la época. Frente a Aracaju, la Isla de Santa Luzia o Barra de los Coqueiros la observaba silenciosa y entre ellos, el mar era barrido por las aguas del río Sergipe, formando allí fuertes corrientes sumergidas en aquel aparentemente tranquilo encuentro entre río y mar. La formación de olas, dependiendo del tiempo, se arrastra lentamente y parecían lamer las arenas de la playa y yo aquella mañana, estaba sentado observando este vaivén infinito como si intentara descubrir algo que ni siquiera sabía lo que.
  A las pocas semanas para el final del verano y la temperatura podía ser considerada fría, teniendo en cuenta que allí era una playa cuyo sol castigaba y bronceaba muchos cuerpos durante la temporada alta. Yo sentía en la piel una brisa fresca y como mi objetivo era la práctica del Voleibol de Playa, deporte en el que me convertía en un instructor autónomo, no importaba qué intensidad del sol, desde que la lluvia y el viento no obstaculizar los saqueos durante los entrenamientos. Fue exactamente lo que ocurrió aquella mañana. Los vientos empezaron a soplar más fuerte e imposibilitó los entrenamientos, por esta razón estábamos apreciando las olas. Junto conmigo a tres personas, siendo un hombre, el Alan y dos muchachas, Ana y Carine, todos entrenábamos juntos para formar dobles que competir extra oficialmente.
  A pesar de no estar jugando, sentimos que ese intervalo serviría para acercarnos más, ya que durante los entrenamientos todo lo que hacíamos era jugar incesantemente hasta el agotamiento, llover o hacer sol. Por primera vez hubo espacio para reír, conversar y conocernos mejor. Fue entonces cuando Alan sugirió que creáramos una broma para ejercitar y calentar los músculos para vencer el frío. Todos fueron unánimes en aceptar la sugerencia. Ana entonces dijo que podríamos disputar la posesión de la pelota que alguien del grupo estaría sosteniendo en defensa de su pareja. Así lo hicimos y eso fue genial. En la arena podíamos correr y saltar derribando al adversario para rescatar la pelota y repasarla para el compañero de equipo.
  Estábamos en pareja yo y Ana mientras Alan hacía doble con Carine. Ellos comenzaron con el balón en las manos y era nuestra obligación recuperar la pelota. En una de estas avanzadas salí para tomar la bola de la Carina que desequilibrada cayó y durante la caída me arrastró junto. Yo caí sobre ella y nuestros rostros quedaron pegados a tal punto que sentía su respiración que se deslumbra en mi cara. En aquel momento hubo un silencio entre nosotros y nuestras sonrisas descansaron mientras las miradas se cruzaban. La miré bien en el fondo de los ojos y ella los cerró y entreabrió la boca. Eso fue como una invitación que no rechazé. La besé largamente sin que ninguno de nosotros se importara con nuestros compañeros de juego, que por lo menos debían estar observando sin creer lo que estaba pasando.
  Sin decir palabra, le extendí la mano que pronto fue aceptada, entonces ayúdala a levantarse del suelo y como si nada hubiera pasado, grité: - ¡Vamos al juego! ¿Por qué? Miré a Carine y sonríen juntos. Obviamente, cerramos la broma allí, al final en cada instante surgía una nueva invitación para un beso y yo nunca fui mucho de rechazar estos desafíos. De ahí en adelante, yo y Carine pasamos entonces a formar una doble fija e inseparable que duró hasta que llegó el invierno del año siguiente y ella tuvo que partir con los padres a otro Estado. Lo que puedo decir es que éramos imbatibles, no en nuestro voleibol, sino en el arte de intercambiar besos durante el juego (risas).

   Nota: Esta es una obra de ficción y cualquier semejanza con los nombres de los personajes ha sido mera coincidencia. Esta obra está protegida por derechos de autor que se reservan al autor Tony Casanova, no siendo permitido su uso de cualquier naturaleza, utilizando cualquier medio, del todo o parte de él, sin la autorización legal del autor bajo pena de infracción de las Leyes Nacionales e Internacionales de Protección a los Derechos de Propiedad Intelectual. La falta de respeto a los derechos del autor implicará en la aplicación de las sanciones legales aplicables en los riegos de la legislación vigente.
   Para saber más sobre el autor accede a ESTE LINK

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixou um comentário? Amei! Vou verificar e liberar já para você. Obrigado. Abração.