Crônica | É Triste Ser Inútil.

  Na vida da gente acontecem coisas engraçadas e outras nem tanto e é exatamente este "nem tanto" que separei para vocês nesta crônica. Hoje consigo dar risadas do fato, mas confesso que quando ocorreu não teve graça nenhuma. Sabe aquele momento da vida em que a infância nos retorna á mente e resolvemos fazer arte? Digo arte não no sentido artístico da palavra, mas no conceito da traquinagem de meninos mesmo. Pois é, foi o que aconteceu comigo numa bela manhã de sábado ensolarado.  Tinha tudo para ser lindo aquele dia bonito, mas não foi. Para saber desta história e seu desfecho continue lendo e saberá como é Triste  Ser Inútil.
  Sinceramente eu não sei que raios deu em mim naquele, mas o fato é que eu queria faria algo, não importava o que fosse. Caramba, nada para fazer, dia passando então resolvi:Vou comprar uma ferramenta nova e guardá-la para quando for preciso.  Me pareceu uma ótima ideia, afinal um homem prevenido vale por dois. Lá fui eu comprar a tal ferramenta. Diacho de ideia mais infeliz. Na verdade eu não sabia exatamente o que comprar e pasmem, nem para que aquele troço servia, mas um dia vi um homem garboso andando com aquilo pendurado na cintura e achei lindo. Parecia muito útil. Resolvi que teria aquilo nas minhas ferramentas custasse o que custasse. Até que a miserável era barata, custava pouco e isso me animou mais ainda a comprá-la. Foi ai que o vendedor me apertou sem me abraçar:  Qual a bitola? Misericórdia, que raios era a tal de bitola? Explicou-me o homem que aquilo era a medida e deu-me exemplos.

- É este ai mesmo. Serve, eu levo.
- O senhor tem certeza? Eu menti em resposta:
- Claro! Este dá certinho. (Daria certinho para que nem mesmo eu sabia imagine o pobre coitado do vendedor).

  Após a compra trouxe a tal ferramenta para casa, abri a embalagem e fiquei olhando. Ainda não sei se olhava a parte da frente ou a de trás, nem mesmo se tinha parte de trás. Peguei nas mão, olhei, olhei e não identificava era nada! Eu me sentia orgulhoso do meu feito. Comprei uma igualzinho a daquele homem, eu só não sabia para que servia, muito menos o que fazia. Guardei aquilo e sempre aos finais de semana ficava olhando  aquela obra faraônica que eu havia financiado. Linda ela. Novinha. Era meu brinquedinho. Levou tempo para cair a ficha de que aquilo era inútil e jamais seria usado, até mesmo pelo fato de eu não saber nem para que servia. Acordei para a minha burrice, aliás para minha ignorância completa.  Aquilo permaneceu guardado atá que a minha vergonha permitisse que eu abrisse aquela gaveta para vender a ferramenta a um amigo operário salvador da pátria.

  Não sei o que foi mais duro, ter feito a besteira de comprar algo sem saber o que era ou aguentar as piadas do meu amigo que quase morria engasgado de tanto rir, mas enfim eu me libertei daquela desgraça. Já foi tarde inútil infeliz. A moral da história é que após alguns anos eu racionei que a ferramenta era útil sim, o inútil era mesmo eu. Tão inútil quanto quem tem uma voz bonita, tem afinação, mas recusa-se a cantar e usar bem a ferramenta da sua voz.  Tão inútil quanto aqueles que enterram seus talentos porque não conhecem uma Arte ou não alcançaram o sucesso imediato. Tão inútil quanto quem pensa que não tem talento para nada. Descobri com isso que uma coisa é o desconhecimento que temos acerca de um talento e outra coisa e demonstrar-se inútil por recusar-se a conhecê-lo.

A presente obra, bem como todos os textos contidos nesta web página encontram-se protegidos pelas Leis Nacionais e Internacionais de Direitos de Propriedade Intelectual, sendo proibidas as cópias, colagens, reprodução, divulgação ou uso dos conteúdos apresentados neste blog, independente dos meios ou finalidades, sem a autorização expressa do autor Tony Casanova, a quem cabe, única e exclusivamente os Direitos sobre o material apresentado. A violação destes Direitos se constitui crime previsto na Legislação e será punida com os rigores legais.

Para saber mais sobre Tony Casanova e aquisição de suas publicações, acesse ESTE LINK
....................................................................................................................................................

Chronicle | It is sad to be useless.

Funny things happen in people's lives and sometimes not so much and it's exactly this "not so much" that I've separated for you in this chronicle. Today I can laugh at the fact, but I confess that when it happened it was not funny at all. Do you know that moment of life when childhood brings us back to the mind and we decide to make art? I say art not in the artistic sense of the word, but in the concept of the same boys romp. Yeah, that's what happened to me on a beautiful sunny Saturday morning. It had everything to be beautiful that beautiful day, but it was not. To know this story and its outcome continue reading and you will know how sad it is to be useless.

Honestly I do not know what the hell he did to me, but the fact is I wanted to do something, no matter what. Wow, nothing to do, day passing then I decided: I'll buy a new tool and save it for when I need it. It seemed like a great idea, after all a man warned is worth two. There I went to buy such a tool. Fucking clueless idea. In fact, I did not know exactly what to buy and what to expect, or what that stuff was for, but one day I saw a nice man walking around with his belt around his waist and I thought it was beautiful. It seemed very useful. I figured I'd have that in my tools for whatever it cost. Even the miserable one was cheap, it cost little, and this encouraged me even more to buy it. That's when the salesman pressed me without hugging me: What's the gauge? Mercy, what the hell was that gauge? The man explained to me that this was the measure and he gave me examples.

- That's right there. Serve, I'll take it.

"Are you sure?" I lied in response:

- Of course! This one does it right. (I would give it right so that even I could not imagine the poor guy of the seller).

After the purchase I brought the tool home, opened the package and stood looking. I still do not know if I was looking at the front or the back, not even if I had the back. I took my hand, looked, looked and did not identify was anything! I felt proud of my achievement. I bought one just like that man, I just did not know what it was for, let alone what I did. I kept that and always on weekends I kept looking at that pharaonic work that I had financed. She's pretty. Novinha. It was my toy. It took time to figure out that it was useless and would never be used, even for the fact that I did not even know what it was for. I woke up to my stupidity, in fact to my complete ignorance. It remained guarded until my shame would allow me to open that drawer to sell the tool to a friend of the laborer who saved the homeland.

I do not know what was harder, to have done the stupid thing to buy something without knowing what it was or to endure the jokes of my friend who almost died gasping for so much laughter, but at last I got rid of that disgrace. It was late useless unhappy. The moral of the story is that after a few years I rationed that the tool was useful yes, the useless was even me. As useless as anyone who has a beautiful voice, has tuning, but refuses to sing and use the tool of his voice. As useless as those who bury their talents because they do not know an Art or have not achieved immediate success. As useless as anyone who thinks he has no talent at all. I have discovered that one thing is the lack of knowledge we have of a talent and something else and proving useless by refusing to know it.

The present work, as well as all the texts contained in this web page, are protected by the National and International Laws of Intellectual Property Rights, being prohibited copies, collages, reproduction, dissemination or use of the contents presented in this blog, regardless of media or without the express authorization of the author Tony Casanova, who is solely and exclusively responsible for the material presented. The violation of these Rights constitutes a crime provided for in the Legislation and will be punished with the legal rigors.

To know more about Tony Casanova and the acquisition of his publications, visit THIS LINK
....................................................................................................................................................

Crónica | Es Triste Ser Inútil.

En la vida de la gente suceden cosas divertidas y otras no tanto y es exactamente este "ni tanto" que separé para ustedes en esta crónica. Hoy puedo reírme del hecho, pero confieso que cuando ocurrió no tuvo ninguna gracia. ¿Sabe ese momento de la vida en que la infancia nos vuelve a la mente y resolvemos hacer arte? Digo arte no en el sentido artístico de la palabra, sino en el concepto de la traquinación de niños. Pues es, fue lo que me pasó en una hermosa mañana de sábado soleada. Tenía todo para ser hermoso ese día hermoso, pero no lo fue. Para saber de esta historia y su desenlace seguir leyendo y sabrá cómo es Triste Ser inútil.

Sinceramente no sé qué rayos me dio en mí, pero el hecho es que yo quería hacer algo, no importa lo que fuera. Caramba, nada para hacer, día pasando entonces resolví: Voy a comprar una herramienta nueva y guardarla para cuando sea preciso. Me pareció una gran idea, después de todo un hombre prevenido vale por dos. Allí fui a comprar tal herramienta. Diálogo de idea más infeliz. En realidad yo no sabía exactamente qué comprar y pasmarse, ni para que ese tramo servía, pero un día vi a un hombre garboso caminando con aquello colgado en la cintura y me pareció hermoso. Parecía muy útil. Resolví que tendría aquello en mis herramientas costara lo que cueste. Hasta que la miserable era barata, costaba poco y eso me animó aún más a comprarla. Fue entonces que el vendedor me apretó sin abrazarme: ¿Cuál es el calibre? La misericordia, ¿qué rayos era la tal de calibre? Me explicó el hombre que era la medida y me dio ejemplos.

- Eso es todo. Sirve, yo llevo.

- ¿Está seguro? He mentido en respuesta:

- ¡Claro! Este da certinho. (Diría para que ni siquiera yo sabía imaginar al pobre pobre del vendedor).

Después de la compra trajé a tal herramienta a casa, abrí el embalaje y me quedé mirando. Todavía no sé si miraba la parte delantera o la de atrás, ni siquiera si tenía parte de atrás. ¡Tomé en las manos, miré, miré y no identificaba era nada! Me sentía orgulloso de mi hecho. Compré una igual a la de aquel hombre, yo sólo no sabía para qué servía, mucho menos lo que hacía. Guarde eso y siempre los fines de semana quedaba mirando aquella obra faraónica que yo había financiado. Linda ella. Young. Era mi juguete. Tomó tiempo para caer la ficha de que aquello era inútil y jamás sería usado, incluso por el hecho de que yo no sabía ni para qué servía. Me desperté para mi burro, por cierto para mi ignorancia completa. Aquello permaneció guardado hasta que mi vergüenza permitiría que yo abría aquel cajón para vender la herramienta a un amigo obrero salvador de la patria.

No sé lo que fue más duro, haber hecho la tontería de comprar algo sin saber lo que era o aguantar las bromas de mi amigo que casi moría engañado de tanto reír, pero en fin me liberé de aquella desgracia. Ya fue tarde inútil infeliz. La moral de la historia es que después de algunos años he ratificado que la herramienta era útil sí, el inútil era incluso yo. Tan inútil como quien tiene una voz bonita, tiene afinación, pero se niega a cantar y usar bien la herramienta de su voz. Tan inútil como aquellos que entierran sus talentos porque no conocen un Arte o no alcanzaron el éxito inmediato. Tan inútil como quien piensa que no tiene talento para nada. Descubrí con eso que una cosa es el desconocimiento que tenemos acerca de un talento y otra cosa y demostrarse inútil por negarse a conocerlo.

La presente obra, así como todos los textos contenidos en esta página web, se encuentran protegidos por las Leyes Nacionales e Internacionales de Derechos de Propiedad Intelectual, siendo prohibidas las copias, collages, reproducción, divulgación o uso de los contenidos presentados en este blog, independiente de los medios o sin la autorización expresa del autor Tony Casanova, a quien corresponde, única y exclusivamente los Derechos sobre el material presentado. La violación de estos Derechos se constituye crimen previsto en la Legislación y será sancionada con los rigores legales.

Para saber más sobre Tony Casanova y la adquisición de sus publicaciones, visite ESTE LINK

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixou um comentário? Amei! Vou verificar e liberar já para você. Obrigado. Abração.