Conto | Valéria, o Cuscuz e os Biscoitos.

  Universos opostos, sonho e realidade jamais se misturam e qualquer tentativa de unir estes paralelos resulta em decepções. Para ilustrar bem esta situação, abaixo contarei uma estória que reflete o universo do sonho e o da realidade, assim como a tentativa de uni-los. Semelhante a água e óleo que mesmo quando colocados em um mesmo copo tendem a separar-se, os sonhos e a vida real também pertencem a mundos separados que não devem ser confundidos.  Entre um e outro existe uma lacuna que não pode ser preenchida devido a natureza de cada universo. Quando resumimos a nossa vida apenas na realização dos nossos desejos e vontades, passamos a ser escravos de uma vida irreal que nos parece ser a que sonhamos, mas na realidade passamos a descobrir que não era aquilo que queríamos. A vida real tem a propriedade de nos mostrar, de maneira nua e crua, as correntes que nos prendem e tornam a nossa vida resumida apenas aos desejos, ás vontades, enquanto que percebemos que a vida não é somente pautada nesta esfera. Dentro dos desejos humanos mais comuns constam o amar e ser amado, ser capaz de ser e fazer alguém feliz, ser útil, cuidar e ser cuidado, sorrir junto, construir sonhos juntos, sofrer e chorar juntos, enfim viver a vida com todos os seus temperos e sabores independente da situação. Equilibrado é o ser humano que não permite-se dominar por seus sonhos e muito menos levar uma vida confusa. Ele é capaz de decidir sobre seus atos e provar esta capacidade através das suas atitudes. Decidir sobre si mesmo. Sonhos bons ajudam a construir vidas, regatá-las do nevoeiro de ilusões, de situações absurdas nas quais nos envolvemos quando nos deixamos dominar por sonhos errados. Um sonho ruim é um pesadelo do qual temos dificuldade de acordar e reagir. Pesadelo que nos empurra para situações irreais, mentirosas e perigosas que tentam nos dominar enquanto dormimos. Um pesadelo costuma durar enquanto dormimos e só acaba quando acordamos para a realidade que muitas vezes não é a que desejamos, mas é excelentemente melhor que viver um pesadelo.

  Valéria nascera em um lar de família muito pobre, mas nem por isso infeliz. Junto com os pais, sua vida se resumia aos afazeres auxiliando sua mãe, pois seu pai ausentava do lar constantemente e restava para a mãe toda a tarefa de cuidar da casa. Val, como a mãe a tratava, sabia que sua mãe era como uma guerreira, lutadora. Orgulhava-se dela por sua fidelidade, por ser íntegra, honesta, trabalhadora e dedicada. Muitas vezes percebeu o sofrimento dela devido ás contantes ausências do seu pai, mas sempre a via sufocar estes sofrimentos e submissa tocar a vida simples que levavam. Uma vida de altos e baixos, mas que a matriarca nunca deixava a peteca cair.

  A menina nesta época já sonhava. Queria muito ajudar a mãe a sair daquela vida, mas infelizmente tudo que conseguiu foi cometer seu primeiro erro.  Sonhava algo e descobriu que estava enganando a si mesma. Suas intenções foram boas, mas os sonhos a enganaram. Tudo poderia ter sido diferente, mas não foi. Ela trocou sua vida por um erro. Sua mãe começou a apresentar problemas de saúde e alguns anos mais tarde faleceu.  Sua vida ainda enterrada num sonho errado a levou ao sofrimento, ás dores, á amargura. Sabia que não podia desfazer o que foi feito, mas se dispôs a tentar.  E assim fez. Libertou-se de um erro e cavou novo sonho. Mas seu erro maior foi trocar este sonho por outro. Apesar de satisfeita, ela iludiu-se achando que ainda não fosse aquela a vida que queria. Mais uma vez permitiu que um sonho a aprisionasse e largou para trás a felicidade e partiu para o pesadelo. Estava presa e sabia disto. Sua liberdade fora tirada e seu mundo escureceu. Queria ser dona de si, mas estava sob domínio vivendo uma vida que não pedira, que não queria, sabia que era apenas uma ilusão. Queria recomeçar, sabia que podia, mas estava presa. Não era vida a que vivia, mas uma prisão.

  Valéria descobriu onde havia errado. Lamentava-se do cuscuz que comia pela manhã e desejava comer biscoitos. Partiu em busca dos almejados biscoitos e quando os teve para comer, percebeu que biscoitos satisfazem, mas não tanto quanto o cuscuz que agora lhe fazia falta.  Cuscuz que agora desejava ter, mas que não conseguia alcançar.  A vida ensinou a Val que jamais se deve arriscar o pássaro que está na mão em busca do que está voando, mas foi isto que ela fez. No quarto, enquanto dormia, Val pensava estar perdendo de vez o pássaro em sua mão e chorava, mas o pássaro, teimoso, pousava sempre á sua janela e cantava para ela: Estou aqui, sempre estive e estarei aqui. Poder ouvir o canto dele pertinho de você a mantinha na certeza de que errou, mas o pássaro continuava ali, pois ele não desistiu de cantar para ela.

A presente obra, bem como todos os textos contidos nesta web página encontram-se protegidos pelas Leis Nacionais e Internacionais de Direitos de Propriedade Intelectual, sendo proibidas as cópias, colagens, reprodução, divulgação ou uso dos conteúdos apresentados neste blog, independente dos meios ou finalidades, sem a autorização expressa do autor Tony Casanova, a quem cabe, única e exclusivamente os Direitos sobre o material apresentado. A violação destes Direitos se constitui crime previsto na Legislação e será punida com os rigores legais.

Para saber mais sobre Tony Casanova e aquisição de suas publicações, acesse ESTE LINK
...............................................................................................................................................

Tale | Valeria, the Couscous and the Biscuits.

 Opposite universes, dream and reality never mingle, and any attempt to unite these parallels results in deception. To illustrate this situation well below, I will tell a story that reflects the universe of the dream and that of reality, as well as the attempt to unite them. Similar to water and oil, even when placed in the same cup, the dreams and the real life also belong to separate worlds that are not to be confused. Between one and another there is a gap that can not be filled because of the nature of each universe. When we summarize our lives only in the fulfillment of our desires and desires, we become slaves of an unreal life that seems to us to be the one we dream of, but in reality we come to discover that it was not what we wanted. Real life has the property of showing us, bare and raw, the currents that bind us and make our life only summed up to desires, to desires, while we realize that life is not only ruled in this sphere. Among the most common human desires are to love and be loved, to be able to be and to make someone happy, to be useful, to take care and to be cared for, to smile together, to build dreams together, to suffer and to cry together, to live life with all their spices and flavors regardless of the situation. Balanced is the human being who does not allow himself to be dominated by his dreams and much less lead a confused life. He is able to decide on his actions and prove this ability through his attitudes. Decide on yourself. Good dreams help build lives, steal them from the fog of illusions, from absurd situations in which we get involved when we let ourselves be dominated by wrong dreams. A bad dream is a nightmare from which we find it difficult to wake up and react. Nightmare that pushes us into unreal, lying, and dangerous situations that try to dominate us while we sleep. A nightmare usually lasts while we sleep and only ends when we wake up to the reality that often is not what we want, but it is excellently better than to live a nightmare.

  Valeria had been born in a very poor but unhappy family home. Along with her parents, her life was more than just helping her mother, for her father was constantly away from home and the mother had the whole job of taking care of the house. Val, as her mother treated her, knew that her mother was like a warrior, a fighter. He was proud of her for her faithfulness, for being whole, honest, hardworking, and dedicated. She often noticed her suffering because of the constant absences of her father, but she always saw her suffocate these sufferings and submissive to touch the simple life they led. A life of ups and downs, but the matriarch never let the shuttle drop.

  The girl at this time already dreamed. I really wanted to help my mother out of that life, but unfortunately all she could do was make her first mistake. She dreamed something and found she was fooling herself. Her intentions were good, but dreams deceived her. Everything could have been different, but it was not. She exchanged her life for a mistake. His mother began to present health problems and a few years later passed away. Her life still buried in a wrong dream led her to suffering, pain, bitterness. He knew he could not undo what had been done, but he set out to try. And so he did. He freed himself from an error and dug a new dream. But his biggest mistake was to exchange this dream for another. Although satisfied, she deluded herself thinking that it was not the life she wanted. Once again she allowed a dream to imprison her and let go of happiness and went into the nightmare. She was trapped and knew it. His freedom was taken away and his world darkened. She wanted to own herself, but she was under control living a life she had not asked for, she did not want, she knew it was just an illusion. She wanted to start over, she knew she could, but she was stuck. It was not life he lived for, but a prison.

  Valeria found out where she had gone wrong. He was sorry for the couscous he ate in the morning and wanted to eat cookies. He went in search of the desired biscuits and when he had them to eat, he realized that biscuits satisfy, but not as much as the couscous he now needed. Couscous that he now wished to have but which he could not reach. Life taught Val that one should never risk the bird in the hand in search of what is flying, but that is what she did. In the bedroom, while he was sleeping, Val thought he was losing the bird in his hand and crying, but the stubborn bird would always lie at his window and sing to her: I am here, I have always been and I will be here. Being able to hear his song close to you kept her in the certainty that she was wrong, but the bird was still there, for he did not give up singing to her.

The present work, as well as all the texts contained in this web page are protected by the National and International Laws of Intellectual Property Rights, being forbidden the copies, collages, reproduction, dissemination or use of the contents presented in this blog, regardless of the means or purposes, without the express authorization of the author Tony Casanova, who is solely and exclusively entitled to the material presented. The violation of these Rights constitutes a crime provided for in the Legislation and will be punished with the legal rigors.

To know more about Tony Casanova and the acquisition of his publications, visit THIS LINK
...........................................................................................................................................

Cuento | Valeria, el Cuscuz y las Galletas.

 Universos opuestos, sueño y realidad jamás se mezclan y cualquier intento de unir estos paralelos resulta en decepciones. Para ilustrar bien esta situación, abajo contará una historia que refleja el universo del sueño y el de la realidad, así como el intento de unirlos. Al igual que el agua y el aceite que incluso cuando se colocan en un mismo vaso tienden a separarse, los sueños y la vida real también pertenecen a mundos separados que no deben ser confundidos. Entre uno y otro existe una laguna que no puede ser llenada debido a la naturaleza de cada universo. Cuando resumimos nuestra vida sólo en la realización de nuestros deseos y voluntades, pasamos a ser esclavos de una vida irreal que nos parece ser la que soñamos, pero en realidad pasamos a descubrir que no era lo que queríamos. La vida real tiene la propiedad de mostrarnos, de manera desnuda y cruda, las corrientes que nos sostienen y hacen nuestra vida resumida sólo a los deseos, a las voluntades, mientras que percibimos que la vida no es sólo pautada en esta esfera. Dentro de los deseos humanos más comunes constan el amar y ser amado, ser capaz de ser y hacer a alguien feliz, ser útil, cuidar y ser cuidado, sonreír juntos, construir sueños juntos, sufrir y llorar juntos, en fin vivir la vida con todos sus. los condimentos y los sabores independientes de la situación. Equilibrado es el ser humano que no se permite dominar por sus sueños y mucho menos llevar una vida confusa. Él es capaz de decidir sobre sus actos y probar esta capacidad a través de sus actitudes. Decidir sobre sí mismo. Los sueños buenos ayudan a construir vidas, regatelas de la niebla de ilusiones, de situaciones absurdas en las que nos envolvemos cuando nos dejamos dominar por sueños equivocados. Un sueño malo es una pesadilla del que tenemos dificultad para despertar y reaccionar. Pesadilla que nos empuja hacia situaciones irreales, mentirosas y peligrosas que intentan dominar mientras dormimos. Una pesadilla suele durar mientras dormimos y sólo termina cuando despertamos a la realidad que muchas veces no es la que deseamos, pero es excelentemente mejor que vivir una pesadilla.

  Valeria nació en un hogar de familia muy pobre, pero no por eso infeliz. Junto con los padres, su vida se resumía a los quehaceres auxiliando a su madre, pues su padre ausentaba del hogar constantemente y quedaba para la madre toda la tarea de cuidar de la casa. Val, como la madre la trataba, sabía que su madre era como una guerrera, luchadora. Se enorgullecía de ella por su fidelidad, por ser íntegra, honesta, trabajadora y dedicada. Muchas veces percibió el sufrimiento de ella debido a las contantes ausencias de su padre, pero siempre la vía sofocar estos sufrimientos y sumisa tocar la vida simple que llevaban. Una vida de altibajos, pero que la matriarca nunca dejaba caer la peteca.

  La niña en esta época ya soñaba. Quería ayudar a la madre a salir de aquella vida, pero desafortunadamente todo lo que logró fue cometer su primer error. Sueñaba algo y descubrió que estaba engañando a sí misma. Sus intenciones fueron buenas, pero los sueños la engañaron. Todo podría haber sido diferente, pero no lo fue. Ella cambió su vida por un error. Su madre comenzó a presentar problemas de salud y algunos años más tarde falleció. Su vida aún enterrada en un sueño equivocado la llevó al sufrimiento, a los dolores, a la amargura. Sabía que no podía deshacer lo que se hizo, pero se dispuso a intentarlo. Y así lo hizo. Se liberó de un error y cavó un nuevo sueño. Pero su error mayor fue cambiar este sueño por otro. A pesar de satisfecha, ella se engañó creyendo que aún no fuera aquella la vida que quería. Una vez más permitió que un sueño la aprisionara y dejó atrás la felicidad y se fue a la pesadilla. Estaba presa y sabía de ello. Su libertad fue quitada y su mundo se oscureció. Quería ser dueña de sí, pero estaba bajo dominio viviendo una vida que no pedía, que no quería, sabía que era sólo una ilusión. Quería recomenzar, sabía que podía, pero estaba presa. No era vida la que vivía, sino una prisión.

  Valeria descubrió dónde había errado. Se lamentaba del cuscús que comía por la mañana y deseaba comer galletas. Partió en busca de las almejas galletas y cuando los tuvo para comer, percibió que galletas satisfacen, pero no tanto como el cuscús que ahora le faltaba. Cuscuz que ahora deseaba tener, pero que no conseguía alcanzar. La vida enseñó a Val que jamás se debe arriesgar el pájaro que está en la mano en busca de lo que está volando, pero eso es lo que ella hizo. En el cuarto, mientras dormía, Val pensaba estar perdiendo de vez el pájaro en su mano y lloraba, pero el pájaro, terco, se posaba siempre a su ventana y cantaba para ella: Estoy aquí, siempre estuve y estaré aquí. Poder escuchar el canto de él cerca de ti la mantenía en la certeza de que se equivocó, pero el pájaro continuaba allí, pues él no desistió de cantar para ella.

La presente obra, así como todos los textos contenidos en esta página web, se encuentran protegidos por las Leyes Nacionales e Internacionales de Derechos de Propiedad Intelectual, siendo prohibidas las copias, collages, la reproducción, divulgación o uso de los contenidos presentados en este blog, independiente de los medios o finalidades, sin la autorización expresa del autor Tony Casanova, a quien corresponde, única y exclusivamente los Derechos sobre el material presentado. La violación de estos Derechos se constituye crimen previsto en la Legislación y será sancionada con los rigores legales.

Para saber más sobre Tony Casanova y la adquisición de sus publicaciones, visite ESTE LINK

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixou um comentário? Amei! Vou verificar e liberar já para você. Obrigado. Abração.